domingo, 12 de junho de 2011

ser e nata

A chuva me cutuca com seus dedos molhados.
Minha alma está fria;
meu coração, lavado.
Quando o chão é de pedra
e o céu é gelado,
meu coração, despesado,
sai voando terraço afora.
A chuva me provoca com seus dedos delgados:
desperta meu senso de bom-amor.
Meu olhar está descansado,
chorar não se usa mais.

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