sexta-feira, 29 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

entressafra

Há um relógio mordendo o meu sono,
estragando minha viagem
aos planetas siderais.

Ó meu Tempo maltratado,
que mal te fazem os mortais!

(A flor que eu fui tem andado ocupada,
passeando por outros
carnavais...)

fragmento

"o ser humano é um frágil bicho,
desprotegido de si mesmo
e bonitinho como só!

ah, amar
a vida assim..."

noite negra

Eu primo é pela Grande Implosão.

Vem a nós, Mundo,
 Aperta-nos
"Demoradamente entre os teus joelhos"

Até existires dentro de nós,
e não mais nós dentro de ti...

(Até tu virarmos pó!)
liberdade e conhecimento,
que dois belos pássaros para se existir!
ninguém
estará
sozinho enquanto
puder
ouvir
a música que a

Criação

está tocando
em todas
as suas

criaturas...

onde mora a flor

Eu não tenho nome, exalo.
Moro tudo em que me calo.
Meu perfume deu-me um nome,
mas meu nome deu-se ao vento!

Vem calar-te tu também,
sente o mar que sopra além...

...do falar vem o teu pranto!
Bebe o copo
do meu Canto.

a música que a Criação

Certa vez, ouvi do mundo:

"Pode revirar, apertar e espremer.
Do meu corpo, nunca ciência.
Só vai sair poesia!

Nãos vás tu me espremer
nessas tuas parcas palavras.

Deste teu Rodamoinho
dá-me só a tua Roda!

Sou as imagens
com as quais tu te iludes,
exalo minhas notas
suaves e rudes...

Delícia em teus olhos,
me arcoiriso:

no céu ponho um vôo
só para abrir teu riso.

Não tritures tudo isso
no moedor das palavras,

Não permita ao Rodamoinho
destruir a minha Roda!"
As coisas têm corpo,
mas as imagens,
ah, as imagens...
As imagens são as almas das coisas!