segunda-feira, 17 de outubro de 2011

à vista da garça
coração de mar
todo se esgarça
personagem
pessoa que margeia
a minha passagem

quem baila na alameda
ou vira bailarina
ou vira labareda

desabando da rocha
um bando de flor
desabrocha

de galho em galho
lá se foi balançando
o meu ato falho
trajado de palha
o trágico espantalho
sorri canalha
pálido inchaço
teu nariz vermelho
me faz palhaço
linda odalisca
entre a coxia e o palco
tua estrela pisca
piquenique
pequena no parque
menina Monique

mingau

uma avó ambrosia
que quando choro, mia
quando sofro, espia
que me enche de carinho
que me lambe de alegria
me deito no teu ninho e
minha dor esvazia
a felicidade é uma jóia!
prova disso é la joie
que me assalta quand je te vois.

padeço de pão!
careço de carinho
começo a fazer ninho
com o caroço do caminho..
Ucrânia, pessanka
cheira a Curitiba
minha páscoa branca
sentimento do mar:
coração-gaivota
aprende a voar..

domingo, 9 de outubro de 2011

sem máscara

Ah, Pai, que me fez poeta...
Somos teatralmente diferentes!
Diametralmente
iguais
Radicalmente
sentimentais.