sexta-feira, 10 de junho de 2011

retrato


Frágil como vidro
A menina se quebrava.
Caía e tropeçava
Onde quer que ela andava.
Murcha como flor
A menina sonhava.
Nascia e arrefecia
A cada vez que acordava.

Um dia
O rio de choro secou
A marcha dos bois tristes
Parou..

Foi então que ela viu
que sob a haste dos seus pés
sob o fino caule
de flor que avermelhou,


Um grosso mundo de terra
É tudo. Mas ficou.
Vasta camada de vida
Para a flor que nunca murchou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário