sexta-feira, 10 de junho de 2011

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A graça maior da vaca
É que ela não faz a menor idéia
Que o seu corpo malhado
É a carne de um poema.

Balança vaquinha do meu coração
Este sino doirado
E o rabicho no chão.

Mimosa querida
De pele malhada,
Donzela fornida
De leite recheada.
Teu balanço é uma graça!

São tuas tetas
São tuas tantas tetas
Que alimentam toda a minha vida.

Detenho-me a mirar-te,
Tuas generosas narinas,
Teus olhos enormes
Melancolicamente redondos...

Ah, vaca... Tu és toda um banquete!
Para os olhos... para a vida!
Para meus olhos pequenos...
Para minha vida encolhida...





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