Ó menina,
ó menina.
Menina que chora
e que mia.
Não duvide nunca
do teu gosto pela poesia!
Como te cai bem essa cor
sobre o riso triste,
o matiz de verniz
sobre as dores
febris.
A poesia da tua vida
está brincando nos teus cabelos!
Vês?
Ó menina cor dos dias,
não te massacre nunca a urgência
dos teus versos capen
guinhos.
Que há se tuas rimas
não rimarem teu sentimento?
O poema também muda
com os humores do tempo.
E é tão bela essa feiúra
que embonita teus versos,
que embonita teus versos,
que eles não te condenam
e inda te esperam.