terça-feira, 16 de julho de 2013

e nos longes da fazenda

Eu não faço poesia.
A poesia faz-se em mim,
sou-su-a- lo-co-mo-ti-va.

Escolheu
a mim e a outros
para habitar.

E ferozmente habita-nos.
Precipita-se-nos.

E nós docilmente

(servilmente)
lhe emprestamos o lombo como cavalos.

Eia, Poesia!

Cavalos somos todos,
cavalos mortos de fome.
Aqui o pasto é rei
e pangaré não tem nome.

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