quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

cheio de garbo

A atração que exerce o Verbo
é de longe a mais fatal.
Substância à luz da lua.
Proibido amor carnal.

Declaro devoção
a este Ser Original.
E fico à disposição
do seu golpe mais letal.

Tem início o desfile!
Vêm aí os mais charmosos.
Des lin dar,
so bres tar
e soçobrar.
Cercear
      sobrepor
           sobrepujar.

Vêm aqueles sibilantes
que arrepiam nossa paz:

sussurrar. . .
despir. . .
ronronar. . .

Chega a hora dos infantes,
os que sempre querem mais:

saltitar

       trescalar

rodopiar.

Serenada,
serenada,
fica a alma adorando
o corpo se siderando
pela mesa de sabores:

"O que temos para hoje?
É o Banquete dos Verbos!
Dos tipos os mais diversos,
dos humildes aos soberbos."

O prazer contorce a todos.
As entranhas venerando,
coração saboreando...

"Quero um de cada gosto,
tanto o aroma quanto a cor.
Quero degustar o Verbo
como ele degusta o Amor."

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