quinta-feira, 31 de maio de 2012

embebida

Prazer maior não pode haver...
Sentir o gosto
das lágrimas do outro.
O mais puro gosto
de um bem-querer.
Prazer maior
não sei conceber:
o aroma de nunca
te ver sofrer...

E deitar o ouvido ao solo
e escutar teu coração.
Ser capaz de ouvir a flor
germinando rente ao chão.

Tão
Tão devagar como o foi a Criação.

Tão enraizadamente
quanto a minha ilusão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário