quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

coquetel

Meu amor é feito vidro.
Pele fria, gosto frio.
Mora dentro de um mundo
Transparente e vazio.
Chorar não lhe encanta;

tem gosto de sal.
E o que nele me espanta
é a cara de mau.

É o jeito de mar
no olhar de cristal.
As pontadas marinhas
que me fazem tão mal.

E as miradas salgadas
neste mar resplandecente
atordoam, confundem..
Meu corpo está dormente.

É quando nas dobras,
nas curvas castanhas
Penetro na fonte
das ondas-façanhas.

Enfim são tranquilos
teus olhos salinos.
Um mar de água doce,
um rio cristalino.



Um comentário:

  1. Bonito poema, querida Clara! Um canto de sereia menina-sonhadora-sapeca!!! Deixo beijos alados, azuis e votos de um ano cheio de cor, amor e poesia!

    ResponderExcluir