sexta-feira, 17 de maio de 2013

nem tanto ao mar

- "Diz-me, que te foi deixando
dura e encruada assim?
Eras crua, hoje és nua
Nua de interesse em mim...

- Não sejas tão complacente.
Assusta o que muito sente!"

Sinto que és como a maré
à mercê da tempestade.
Deixas que te invada o vento
infiel da minha vontade.

E que se te evada o alento
frente ao frio da minha verdade...
Perdes um pedaço cada
vez que apraz-me não ser fada.

As tuas luzes já não piscam
dentro da minha cidade...

E a flor do meu desejo
se apequena, vai murchando.
Se enraíza firme à terra
do não deixar esperando.

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